Planear férias quando se tem um animal de estimação pode parecer uma dor de cabeça. Aqui ficam algumas sugestões para o ajudar nesta tarefa.
Se decidir não levar o seu animal, pode optar por deixá-lo em casa ou num Hotel especializado. No caso de o deixar em casa, é importante garantir que alguém de confiança, seja um familiar, um amigo ou mesmo um Pet sitter (individuo que presta serviço ao domicilio), fique responsável por cuidar do seu animal durante a sua ausência. Caso decida deixá-lo num Hotel, deve visitar previamente as instalações e informar-se sobre quais as vacinas exigidas. Em ambos os casos, deve certificar-se que deixa o seu animal devidamente desparasitado, interna e externamente, e que deixa uma quantidade suficiente do seu alimento habitual, para evitar transtornos gastrointestinais provocados por uma alteração alimentar brusca. Deve também deixar o historial clínico do animal, assim como o contacto do Médico Veterinário assistente, para o caso de surgir um problema de saúde inesperado.
Pode sempre escolher levá-lo de férias consigo. O que há uns anos era um processo complicado está hoje mais simplificado, quer pela melhoria nas condições de transporte, quer pelas várias opções de alojamento.
Caso decida viajar de avião, saiba que a maior parte das companhias aéreas permitem o transporte de animais na cabine ou no porão, desde que sejam respeitadas determinadas condições. É importante que contacte com antecedência a companhia de aviação para saber quais são estas condições e para efectuar a reserva, uma vez que a sua confirmação depende da disponibilidade de espaço, bem como do tipo de avião planeado para a viagem.
No caso de viajar de carro, saiba que apesar de a lei não especificar as condições exactas de transporte de animais de companhia, este deve ser feito de forma a garantir que a condução e a segurança não fiquem comprometidas. A multa por incumprimento vai dos 60 aos 600€, consoante os casos.
Há três formas de garantir um transporte seguro de animais:
Caixa transportadora – Adequada para todo o tipo de animais de pequeno porte. Esta é a forma mais estável de transportar um animal, porque evita que estes se consigam deslocar no carro, ou ter algum comportamento imprevisível que possa distrair o condutor.
Cinto de segurança - O cinto de segurança para cães é uma espécie de trela que faz a ligação entre o peitoral ou coleira e o local onde se insere o cinto de segurança. Em caso de acidente o peitoral é mais seguro porque evita o estrangulamento.
Grelha ou rede divisória - Muitos cães, especialmente os de grande porte, são transportados na mala do carro. Nestes casos deve existir uma rede ou uma grelha, que se coloca entre o porta-bagagens e a parte dos bancos traseiros para evitar que o cão possa ser projectado para a frente em caso de acidente.
Saiba que viajar de comboio pode ser uma outra opção. A CP permite o transporte de animais que não ofereçam perigosidade, desde que devidamente encerrados em recipiente apropriado que possa ser transportado como volume de mão. No caso dos cães é também permitido o seu transporte não acondicionado, mediante a aquisição de título de transporte próprio, correspondente ao comboio que utilizar. Nestes casos o animal terá de ir devidamente açaimado, com trela curta, acompanhado do respectivo boletim de vacinas actualizado e da competente licença. Para mais informações podem consultar directamente o site da CP.
Hoje em dia há cada vez mais Hotéis e Casas de Turismo que aceitam animais, alguns deles até de forma gratuita. Com uma simples pesquisa online encontra rapidamente as mais variadas opções de alojamento “ Pet friendly”.
No caso de estar a viajar para fora do país deve ter sempre em atenção as exigências sanitárias do país de destino. Alguns dos países da União Europeia como a Espanha, a França, a Alemanha, entre outros, não permitem a entrada de animais com idade inferior a 12 semanas, ou de animais com idade entre as 12 e as 16 semanas cuja vacinação antirrábica não possa ser considerada válida. Isto na prática significa que, uma vez que a vacina da raiva só pode ser administrada aos 3 meses de idade, e que a mesma só se considera válida 21 dias depois, nenhum animal com menos de 15 semanas de vida pode viajar para estes países. Deve assegurar também que o seu animal tem uma identificação por microchip, uma vacinação antirrábica válida e um passaporte de animal de companhia da União Europeia em dia, para quando regressar a Portugal. Para informações mais detalhadas acerca das condições sanitárias exigidas pelos diferentes países consulte aqui: http://www.dgv.min-agricultura.pt/portal/page/portal/DGV/genericos?generico=228563&cboui=228563 .
Seja qual for a sua opção, o mais importante é que tudo seja devidamente planeado, de forma que possa desfrutar das suas férias ao mesmo tempo que garante o bem-estar dos seus animais!
Colocar o gato dentro de uma caixa transportadora pode não ser tarefa fácil, em especial se isto estiver quase sempre relacionado com uma visita ao Médico Veterinário. Aqui ficam algumas das sugestões da equipa da Clínica Veterinária de Pardilhó para tornar este procedimento mais fácil e menos traumático.
É fundamental que o gato se vá habituando progressivamente à caixa transportadora. Esta deve ser colocada numa divisão da casa que lhe seja familiar para que ele, curioso por natureza, a possa ir explorando.
Para tentar atraí-lo para próximo da transportadora, podemos utilizar a sua taça de comida. Assim que ele comece a comer na taça devemos ir aproximando progressivamente a mesma até que, por fim, ele sinta confiança para comer dentro da transportadora. Muita atenção para nunca fechar a sua porta nesta fase, para não o assustar.
De forma a tornar a caixa mais confortável para o gato, devemos colocar dentro objectos que lhe sejam familiares como mantas, cobertores e brinquedos. Podemos ainda aplicar no seu interior feromonas sintéticas felinas, como o Feliway®.
Com o passar do tempo o gato vai-se sentir mais e mais à vontade dentro da caixa transportadora, podendo mesmo começar a descansar no seu interior. Só nesta altura devemos começar a fechar a sua porta. Primeiro por curtos períodos de tempo, mas progressivamente por períodos de tempo mais prolongados.
O mais importante, em todo este processo, é que o seu animal associe a caixa de transporte a boas experiências e não a pânico ou a stress. Desta forma, será sempre mais fácil colocá-lo lá dentro e levá-lo até ao Médico Veterinário.
Com a chegada do Primavera e o aumento da temperatura, aumenta também o nº de animais com parasitas externos. Uma infestação por pulgas nem sempre é fácil de resolver. Ficam aqui alguns conselhos dos passos a seguir se algum dia se vir confrontado com este problema.
Tratar o meio ambiente interior/exterior
Ao contrário do que a maior parte das pessoas julgam, quando encontramos pulgas no nosso animal de estimação não é suficiente tratá-lo a ele. É fundamental tratar também o meio ambiente interior e/ou exterior onde o animal vive porque, apesar das pulgas adultas passarem a maior parte do tempo no animal, os seus ovos e as formas larvares podem ser encontradas em abundância no ambiente ex. carpetes, tapetes, camas, sofás, cobertores, pavimentos e erva. Uma pulga reproduz-se rapidamente, podendo chegar a depositar 15 a 20 ovos por dia, sendo que as formas larvares podem sobreviver no ambiente entre 1 a 6 meses. Esta é a razão pela qual as pulgas podem permanecer e/ou reaparecer em casa meses depois de o animal ter sido tratado. É por isso muito importante aspirar cuidadosamente o ambiente interior, eliminando de imediato o saco do aspirador, assim como tratar todas as superfícies (chão, rodapés, etc.) com produtos adequados e eficazes contra as suas formas maturas e imaturas.
Tratar o animal
São vários os produtos que se podem utilizar contra as pulgas, quer para o cão quer para o gato. Pipetas spot-on (Advantix®, Advantage®, Advocate®), coleiras (Seresto®) e comprimidos (Bravecto®, Confortis®) são alguns exemplos de desparasitantes externos que utilizamos na Clínica Veterinária de Pardilhó para tratamento/prevenção de infestação por pulgas e/ou carraças. Ter sempre presente que é possível encontrar pulgas no animal mesmo depois de lhe ter sido administrado/aplicado o tratamento, uma vez que este pode demorar algum tempo a fazer efeito. Neste caso é fundamental ser persistente e continuar a utilizar um programa de controlo eficaz durante tempo suficiente para eliminar todas as formas do parasita. Este processo pode demorar algumas semanas ou até 6 meses, dependendo do grau de infestação que se tenha em casa.
Prevenir
As pulgas além de provocarem irritação e desconforto podem ainda provocar reacções alérgicas, assim como servir de veículo de transmissão de outras doenças. Prevenir o seu aparecimento é fundamental para o bem estar do seu animal. Devido a todas as alterações climatéricas que se têm vindo a verificar, o problema dos parasitas externos deixou de ser sazonal para passar a ser anual. É por isso que a utilização de tratamentos preventivos durante todo o ano, é a abordagem mais correcta para um controlo eficaz destes parasitas nos nossos animais.
Para mais informações ou esclarecimentos não deixe de nos contactar.
Infelizmente, somos muitas vezes confrontados com situações de gatinhos órfãos. Tratar destes animais requer alguns cuidados específicos, que nem sempre são do conhecimento geral. Por esta razão vamos partilhar aqui alguns conselhos e dicas para quem, um dia, se veja confrontado com esta situação.
1. É fundamental manter os gatinhos recém-nascidos quentinhos. Estes animais são incapazes de regular a sua temperatura corporal durante as primeiras 4 semanas de vida. Durante a primeira semana a temperatura ambiental deve estar entre 30-32ºC, e nas três semanas seguintes deve andar à volta dos 24ºC. No nosso caso, costumamos utilizar como fonte de calor uma botija de água quente que vamos aquecendo sempre que necessário. Além disso, costumamos colocar estes bebés dentro de uma caixa transportadora de pequenos roedores que tem uma tampa transparente por cima, o que nos permite transportá-los mais facilmente, num ambiente aconchegado e com uma temperatura estável.
2. É também muito importante escolher um leite de substituição adequado às suas necessidades nutricionais. Existem no mercado várias marcas que comercializam leite de substituição para animais, e especificamente para gatos. Nós recomendamos o "BabyCat Milk" da Royal Canin. Este leite além de ser um dos mais completos em termos nutricionais, vem acompanhado de um biberão com uma tetina que se adequa à boca dos gatinhos recém-nascidos, reduzindo a probabilidade de aspiração de leite aquando da mamada. Um gatinho na primeira semana de vida deve mamar 2-5 ml de leite de 3 em 3 horas, na segunda semana 5-10 ml de 4 em 4 horas, na terceira e quarta semana 10-15 ml de 5 em 5 horas. Em termos de peso, eles nascem com 80 a 120 gr e devem aumentar 10 a 15 gr por dia. Os alimentos sólidos devem começar a ser introduzidos por volta das 4 semanas de idade.
3. O que muitas pessoas não sabem, é que os gatinhos bebés são incapazes de urinar e defecar se não forem devidamente estimulados. Logo após serem alimentados deve-se imitar a acção da língua da Mãe sobre a região genital dos bebés, utilizando um pouco de algodão humedecido com água morna. Esta rotina deve manter-se até às 3 semanas de idade, altura em que eles passam a conseguir urinar e defecar sozinhos. De vez em quando deve-se passar um pano húmido por todo o corpo dos gatinhos para uma limpeza mais geral.
Sabe-se que os períodos de maior mortalidade para gatinhos recém-nascidos são logo a seguir ao nascimento, durante a primeira semana de vida e na altura do desmame, daí devermos tomar particular atenção durante estes períodos.