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Clínica Veterinária de Pardilhó

Temos como missão cuidar dos nossos pacientes com dedicação, empenho e compaixão, de forma a lhes proporcionar uma vida longa e saudável.

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A lagarta-do-pinheiro ou processionária

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A lagarta-do-pinheiro, também conhecida por processionária, é um insecto que provoca, nesta altura do ano, graves problemas de saúde aos nossos animais de companhia. 

O seu ciclo de vida inclui duas fases distintas. Uma fase aérea, que ocorre na copa do pinheiro, e que é a fase de postura e desenvolvimento larvar. Uma fase subterrânea, que ocorre no solo, e que é a fase de desenvolvimento do adulto (borboleta). A passagem de uma fase à outra acontece entre os meses de Fevereiro e Março com a migração colectiva das lagartas, que abandonam o pinheiro em procissão para se enterrarem no solo. No entanto, quando o Inverno é seco e de céu descoberto, o ciclo de desenvolvimento destes insectos  é acelerado, o que faz com que já em Dezembro possam existir processionárias no solo. Como forma de defesa contra os predadores naturais, estas lagartas possuem pêlos urticantes, que quando em contacto com a pele ou com as mucosas, são capazes de desencadear uma “intensa” reacção alérgica. O comportamento curioso do cão, faz com que ele seja muito susceptível a uma intoxicação por contacto com processionárias. A parte do corpo mais frequentemente afectada é a cabeça, em especial os lábios, a mucosa oral e a língua. 

Os sinais clínicos mais frequentes são:
• Comichão intensa no focinho
• Focinho inchado
• Língua espessada e por vezes com cor azulada
• Babar intenso
• Vómito
• Dor

Menos frequentemente, os animais afectados podem apresentar tosse e dificuldade respiratória. Casos mais raros podem desenvolver uma reacção anafilática, que pode levar à morte.
Os sintomas desta intoxicação têm um carácter evolutivo. Isto significa que, com o passar das horas o quadro clínico do animal evolui, sendo muito importante que ele seja diagnosticado e tratado o mais rapidamente possível.

Uma vez que que não existe qualquer antídoto, o tratamento é sempre sintomático. Deve-se lavar abundantemente a zona afectada sem friccionar, de forma a eliminar os pelos da processionária que não estejam encravados na pele e/ou mucosas. De seguida são administrados medicamentos para travar a reacção alérgica, analgésicos e antibióticos.

O prognóstico é reservado, apesar da maioria dos casos apresentar uma evolução favorável. Nos casos em que o contacto é mais intenso, diferentes porções da língua e/ou dos lábios podem sofrer necrose e cair, o que pode afectar consideravelmente a qualidade de vida destes animais.

Como forma de prevenção, devemos evitar o acesso do cão a pinhais que possam estar afectados, durante os períodos de maior risco (Primavera), e utilizar medidas de controlo no caso da existência desta infestação em casa. Este controlo pode ser feito na fase em que os ninhos estão na copa das árvores ou na fase de migração das lagartas. 
Durante o Outono, altura em que nas copas dos pinheiros existem os ninhos provisórios, os tratamentos químicos são bastante eficazes. 
No Inverno, com a formação dos ninhos de Inverno, os tratamentos químicos já não são tão eficazes e o único meio de combate é a sua destruição.
Na Primavera, com a migração para o solo, a destruição mecânica das lagartas é o único meio de controlo possível. Podem-se colocar à volta do tronco da árvore umas cintas de papel, ou plástico, embebido em cola, de forma a que as lagartas ao descerem fiquem aí coladas.

No caso de suspeitar que o seu cão possa ter estado em contacto com processionárias deve dirigir-se de imediato ao seu Médico Veterinário. 

 

 

 

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