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Clínica Veterinária de Pardilhó

Temos como missão cuidar dos nossos pacientes com dedicação, empenho e compaixão, de forma a lhes proporcionar uma vida longa e saudável.

Temos como missão cuidar dos nossos pacientes com dedicação, empenho e compaixão, de forma a lhes proporcionar uma vida longa e saudável.

Toxoplasmose

 

A Toxoplasmose é uma doença parasitária provocada pelo Toxoplasma gondii, um protozoário intracelular (que vive dentro das células). Uma pessoa saudável infectada pela primeira vez por este parasita pode apresentar sintomas semelhantes aos de uma gripe, mas a maior parte das vezes não manifesta qualquer sintoma. O mesmo não acontece com grávidas ou pessoas com o sistema imunitário comprometido. Uma infecção por T. gondii durante a gravidez pode provocar malformações congénitas graves no feto ou mesmo levar ao aborto. No caso de pessoas imunocomprometidas (infectadas com o HIV, transplantadas ou sujeitas a tratamentos com medicamentos imunosupressores) pode provocar encefalites.

 

Esta doença pode ser transmitida por:

  1. Ingestão de oocistos esporulados (forma infectante) presentes na água ou no solo;
  2. Ingestão de carne mal cozinhada ou crua, de animais portadores da doença (forma mais frequente de infecção em humanos);
  3. Via transplacentária, quando a mão é infectada pela 1ª vez durante a gestação.


O gato é o único hospedeiro definitivo do T. gondii, o que significa que é apenas no gato que o parasita completa o seu ciclo de vida. Quando um gato ingere pela 1ª vez carne crua (ou mal cozinhada) contaminada, vai eliminar nas fezes oocistos não esporulados durante um período máximo de 15 dias. Findo este período, o gato não voltará mais a eliminar oocistos de T. gondii mesmo que se volte a contaminar, uma vez que o seu sistema imunitário se torna resistente. Para que os oocistos esporulem e possam infectar outros animais, necessitam de estar 1 a 5 dias no meio ambiente em contacto com oxigénio. Estes oocistos esporulados são muito resistentes e podem persistir no ambiente durante vários meses. Quando o Homem ou outro animal (ovino, caprino, bovino, etc) os ingerem, e porque são hospedeiros intermediários, os parasitas eclodem e atravessam a mucosa intestinal, podendo enquistar em diferentes tecidos como músculos, órgãos viscerais e sistema nervoso central. São estes tecidos que, quando ingeridos crus ou mal cozinhados, podem infectar o gato ou o Homem.

 

A infecção pode ser evitada nos gatos, não os alimentando com carne crua ou mal cozinhada, e evitando que eles tenham comportamentos predatórios, mantendo-os dentro de casa. No caso de grávidas e de pessoas imunodeficientes, há algumas medidas preventivas que devem ser tomadas, tais como:

  1. Evitar ingerir frutas e legumes mal lavados e não desinfectados.
  2. Evitar consumir carne crua ou mal cozinhada.
  3. Evitar manipular carne crua.
  4. Proceder à congelação e cozedura adequada da carne de forma a destruir os quistos.
  5. Não fazer jardinagem sem luvas.
  6. Limpar a caixa de areia do gato diariamente para evitar a esporulação dos oocistos, o que deve ser feito de preferência por outra pessoa.

 

Está demonstrado que os gatos não constituem um factor de risco para grávidas e pessoas imunodeficientes. É muito difícil que uma pessoa se infecte por acariciar um gato. Mesmo que o gato esteja no período de eliminação dos oocistos (algo que acontece, somente, ao longo de 15 dias durante toda a vida do animal), eles não estarão na sua forma esporulada (infectante), e porque os gatos possuem hábitos de higiene muito desenvolvidos, limpando-se uma boa parte do dia, não é fácil que o seu pêlo fique contaminado com as próprias fezes durante o período de tempo necessário para que os oocistos esporulem. É importante referir que os profissionais de saúde veterinária, quando comparados com a população em geral, não apresentam uma maior incidência de Toxoplasmose, o que vem de encontro à ideia de que não é o contacto directo com gatos que faz aumentar o risco de infecção.

 

É necessário desmistificar a culpa do gato na transmissão desta doença e prestar mais atenção às outras formas de transmissão, muito mais comuns e importantes.

As 8 urgências mais comuns em animais de companhia

 

 

#1 Reacções alérgicas

 

Os cães e os gatos desenvolvem com frequência reacções alérgicas. As causas podem variar, desde uma hipersensibilidade a uma vacina ou, à mordedura de um insecto. Em caso de reacção alérgica, os animais podem desenvolver sintomas dermatológicos, como um inchaço do focinho, urticária e prurido, mas também podem ter vómito, diarreia, letargia, ou mesmo dificuldades respiratórias. Caso suspeite de uma reacção alérgica no seu animal, procure de imediato um Médico Veterinário.

 

#2 Envenenamento

 

Os cães e os gatos são curiosos por natureza e isto traz-lhes, muitas vezes, problemas. Os tóxicos podem ser ingeridos, absorvidos pela pele ou inalados. Os rodenticidas (remédio dos ratos) são um dos tóxicos mais comuns. Há no entanto uma serie de outros produtos em nossa casa que podem provocar intoxicações graves nos nossos animais de companhia, tais como: produtos de limpeza, tintas, medicamentos, plantas, pilhas, insecticidas, fertilizantes, chocolate, produtos com xilitol (p.e. pastilhas elásticas sem açúcar), etc. Em caso de suspeita de intoxicação, um aconselhamento veterinário urgente pode fazer toda a diferença na recuperação do seu animal.

 

#3 Traumatismo

 

É normal que muitos dos nossos animais possam vir a sofrer, durante a sua vida, qualquer tipo de traumatismo. Em caso de trauma, a ausência de sinais externos não significa que o animal não possa estar a correr perigo de vida. Há lesões internas que podem demorar horas até se tornarem evidentes. Se o seu animal sofreu algum tipo de traumatismo, deve procurar de imediato a ajuda de um Médico Veterinário.

 

#4 Vómito e diarreia

 

O vómito e a diarreia são uma das urgências mais frequentes em clínica de animais de companhia. Sintomas gastrointestinais inespecíficos como estes podem ser provocados por um problema gastrointestinal primário (ingestão de lixo, uma obstrução intestinal, etc) ou por um problema secundário (uma doença metabólica, um tumor, etc.). Estes sintomas podem levar a uma desidratação rápida e, dependendo da causa, o quadro clínico pode-se rapidamente agravar.

 

#5 Dificuldade a urinar

 

Dificuldade em urinar é um sintoma que não se relaciona apenas com infecções urinárias. A presença de cristais, cálculos, coágulos, inflamação ou neoplasia, na bexiga ou na uretra, ou até mesmo o próprio stress, provocam muitas vezes este problema. Um animal que não consegue urinar corre risco de vida, devendo ser levado, de imediato, a um Médico Veterinário.

 

#6 Convulsões

 

As convulsões não são mais do que episódios de actividade eléctrica anormal no cérebro. Podem ocorrer de forma isolada ou múltipla, e podem variar de frequência ou de intensidade. São desencadeadas por problemas intra-cranianos (epilepsia, tumores cerebrais, edema cerebral, etc.) ou extra-cranianos (baixos níveis de glicose, distúrbios electrolíticos, etc.). Qualquer convulsão é potencialmente fatal, daí a importância de procurar aconselhamento veterinário no caso do seu animal ter uma convulsão.

 

#7 Dificuldade a respirar

 

Um aumento do esforço respiratório ocorre, normalmente, quando os pulmões ou as vias aéreas se encontram comprometidas. Isto pode acontecer por trauma, reacção alérgica, infecção, insuficiência cardíaca, neoplasia, etc. A maior parte das vezes é necessária uma avaliação radiográfica  para que seja possível identificar a causa. Qualquer dificuldade respiratória deve ser encarada como um problema sério que deve ser avaliado o mais rapidamente possível por um Médico Veterinário.

 

#8 Dor

 

A dor pode existir por várias razões e pode-se manifestar de diferentes formas. Falta de apetite, alteração no comportamento (relutância em subir escadas, subir para o sofá ou para o carro), respiração mais ofegante, agitação, agressividade, são alguns sintomas manifestados pelos nossos animais quando sentem dor. Uma dor na coluna pode ser muitas vezes interpretada como uma dor abdominal, e vice-versa. Nesta situação, medicar um animal sem qualquer aconselhamento veterinário é um risco, já que muitos dos medicamentos utilizados em Medicina Humana são tóxicos para os animais. 

Otite

   

A otite é uma inflamação do ouvido, uni ou bilateral.

 

Pode ser classificada como externa, média ou interna. Numa otite externa apenas o canal auditivo externo está afectado. O animal pode sacudir frequentemente a cabeça ou coçar os ouvidos. Podem existir sinais de inflamação, como eritema (vermelhidão) e edema (inchaço), no pavilhão auricular, assim como secreções com ou sem odor. Na otite média a inflamação já ultrapassou a membrana timpânica, afectando também o ouvido médio. Numa otite interna há o envolvimento do ouvido interno, onde se localiza o órgão responsável pelo equilíbrio. Alguns animais, nesta fase, podem ter dificuldade em mastigar os alimentos, inclinar a cabeça para um dos lados, ter alterações de equilíbrio e/ou paralisia facial. Felizmente, a maior parte das vezes as otites são diagnosticadas numa fase em que a doença ainda não progrediu para o ouvido médio ou interno, sendo ainda relativamente fáceis de tratar.

 

São várias as causas que podem provocar inflamação nos ouvidos de um animal. Infecções bacterianas, infecções fúngicas, presença de corpos estranhos (ex. pragana) ou de uma massa dentro do canal auditivo, ácaros (ex. Otodetes cynotis ou Demodex), alergias (atopia ou alergias alimentares) ou patologias que favoreçam o desenvolvimento de infecções (alterações hormonais), são as mais frequentes. A própria conformação do ouvido do animal pode fazer com que ele seja mais predisposto para desenvolver otites, o que acontece com determinadas raças, como o Caniche ou o Sharpei. Para que o tratamento seja realmente eficaz e se reduza o número de recidivas é muito importante que o Médico Veterinário identifique a causa subjacente ao aparecimento da otite. Para isto, é muitas vezes necessário realizar diferentes testes diagnósticos como citologia, cultura e antibiograma de amostras de exsudado, análises ao sangue, etc.

 

Depois do diagnóstico, compete ao dono seguir todas as indicações dadas quanto à limpeza dos ouvidos, aplicação da medicação prescrita e quanto às visitas de reavaliação agendadas, de forma a garantir o sucesso do tratamento.

Os gatos e os fios...

 

Por serem animais curiosos e brincalhões, os gatos adoram brincar com fios e linhas. Mas o que é uma actividade física e mental importante para o seu animal, pode também ser algo de muito perigoso. Os gatos que brinquem com este tipo de objectos sem qualquer supervisão podem muito facilmente engoli-los, resultando naquilo a que os Médicos Veterinários chamam de Corpo Estranho Linear. Muitas das vezes uma das extremidades do fio fica presa debaixo da língua, no estômago ou mesmo no intestino do animal, enquanto que o resto continua o seu trajecto ao longo do tracto gastrointestinal. Quando isto acontece, o intestino vai ficando pregueado em volta do fio podendo mesmo chegar a «cortá-lo». É exactamente por isto que NUNCA se deve tentar puxar por um fio que se observe a sair da boca ou do ânus de um gato, já que isso pode resultar em danos irreparáveis no tracto intestinal do animal.

Caso suspeite que o seu gato possa ter ingerido um fio ou uma linha deve de imediato procurar ajuda junto de um Médico Veterinário.

 
 

 

O Veterinário vai à escola! 2016

No passado dia 16 de Maio, voltámos ao Agrupamento de Escolas de Pardilhó para fazer uma visita aos meninos da Pré. Falámos dos cuidados a ter com com a saúde, higiene e alimentação das suas mascotes (o porquinho-da-índia, o coelho e a tartaruga), e de como as crianças se devem comportar quando estão ao pé de um cão. Foi muito divertido, e esperamos voltar lá para o ano!

 

 

Como se devem comportar as crianças ao pé de um cão

Trazer um cão para a família pode ser um dos maiores presentes que pode dar aos seus filhos. Brincar com um cão encoraja as crianças a terem um estilo de vida mais saudável. Ajuda-as a desenvolver sentimentos como empatia, compaixão e respeito para com outros seres vivos, bem como a adquirir competências sociais importantes, como o sentido de obrigação e responsabilidade. Conviver com um cão pode ser uma enorme fonte de conforto para uma criança, que nele encontra um companheiro para os bons e os maus momentos.

De forma a garantirmos a segurança e a felicidade de ambos, é fundamental ensinar aos mais novos o que devem e não devem fazer quando estão na presença de um cão. Aqui ficam alguns conselhos que podem, e devem, partilhar com eles.

 

 

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