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Clínica Veterinária de Pardilhó

Temos como missão cuidar dos nossos pacientes com dedicação, empenho e compaixão, de forma a lhes proporcionar uma vida longa e saudável.

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Será que o meu cão sofre de Demência?

 

Demência ou Síndrome de Disfunção Cognitiva (SDC) nos cães, é uma doença associada ao envelhecimento, que se caracteriza por uma degeneração do Sistema Nervoso Central (SNC), semelhante à que é observada em pessoas com a Doença de Alzheimer. A maior parte dos cães manifestam alterações comportamentais à medida que envelhecem, sinal de declínio cognitivo. Estudos referem que 83% dos cães com peso inferior a 15kg e 100% dos cães com peso superior a 15 kg, com mais de 13 anos, sofre de disfunção cognitiva. No entanto, a grande maioria destes casos não chega a ser diagnosticado. Se por um lado os donos nem sempre referem ao Medico Veterinário as alterações de comportamento apresentadas pelo seu cão idoso, uma vez que as atribuem ao normal envelhecimento do animal, por outro não existe um teste específico para o seu diagnóstico. Este é sempre feito por exclusão de outras patologias com sintomas semelhantes, como doenças metabólicas, neoplasias do SNC ou doenças cardiovasculares.
Há, no entanto, um conjunto de sintomas que são característicos do SDC. São eles:

#1 Desorientação  – o cão pode parecer perdido em ambientes familiares, caminhar compulsivamente em círculos, ficar atrás de móveis ou olhar fixamente para as paredes ou para o vazio.

#2 Alteração na interacção com os donos  – o animal pode parecer aos donos mais anti-social, isolando-se, não procurando carinho ou mimos ou, pelo contrário, parecer mais dependente, tendo dificuldade em estar sozinho.

#3 Alteração nos padrões de sono - o cão pode passar a noite acordado, a vaguear pela casa, e dormir durante o dia.

 

#4 Perda de hábitos de higiene e rotinas  –  o cão pode «esquecer» algumas rotinas, começando a defecar e a urinar dentro de casa, e não no local habitual.

 

#5 Diminuição dos níveis de actividade física.

#6 Ansiedade

 

É muito importante que os donos aprendam a identificar os sintomas associados a esta doença, porque apesar de não ter cura, quando é diagnosticada numa fase precoce pode-se atrasar a sua evolução, melhorando a qualidade de vida do animal. O tratamento consiste na administração de fármacos (selegilina), suplementos vitamínicos (Vitamina E e C, Selénio, L-carnitina, Omega-3, etc) e dietas especialmente formuladas para animais geriátricos, que ajudam a melhorar a actividade cerebral, bem como na implementação de um programa de enriquecimento ambiental que estimule a função cerebral do animal, de forma a retardar o seu declínio.

 

 

 

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